Luanda - Os partidos na
oposição em Angola vão solicitar junto do tribunal constitucional a urgência
para a revisão de algumas normas do registo eleitoral, numa altura em que as
autoridades angolanas consideram que o processo decorre com lisura.
*Arão Ndipa
Fonte: VOA
Fonte: VOA
Sob solicitação da
oposição angolana
om efeito o processo
de actualização do registo eleitoral com vista ás próximas eleições já
completou a primeira semana, depois da cerimónia de abertura em todo o pais e
os números até agora alcançados deixam satisfeitas as autoridades, a julgar
pelas projecções definidas pelo ministério da administração do território.
Esta perspectiva optimista das autoridades não é partilhada pelos partidos
políticos na oposição, que reiteram a sua posição segundo a qual o ministério
da administração do território está a subalternizar os poderes da comissão
nacional eleitoral, em relação ao órgão independente que deve organização e
conduzir todo este processo.
Recentemente, um grupo de comissários da Comissão Nacional Eleitoral,
ligados aos partidos políticos na oposição, endereçaram uma petição a
Assembleia Nacional, na qual exigem um pronunciamento sobre o que consideram
violação da Lei do Registo eleitoral pelo Ministério da Administração do
Território que esta a assumir a competência da CNE.
A falta de meios logísticos e credenciamento de fiscais dos partidos
políticos na oposição também marcam todo este processo.
O Governo angolano, já admitiu erros no processo e prometeu eliminar as
irregularidades no decorrer do registo.
Ainda assim, e apesar de todos os constrangimentos os partidos políticos
estão unidos e não deixam de apelar os seus militantes para actualizarem o seu
registo eleitoral.
O presidente da Frente Nacional de libertação de Angola, Lucas Ngonda,
considera que o processo democrático em Angola só poder ser efectivo se houver
uma participação efectiva da população.
O presidente do Partido de Renovação Social, Eduardo Kuangana, manifesta-se
preocupado com o facto do governo angolano não ter acautelado as condições
logísticas e financeiras para suportar os encargos com os fiscais dos partidos
políticos.
O presidente do PRS,
afirma que o papel de fiscalizar o registo eleitoral não deve ser apenas
atribuído aos partidos políticos e que toda a sociedade deve participar.
Alguns partidos políticos também denunciam haver ainda dificuldades para o
credenciamento dos seus fiscais, um pouco por todo o pais. Uma situação que
levanta suspeitas quanto a transparências do processo.
Isaias Samakuva, líder do maior partido na oposição confirmou esta
preocupação porque passam alguns fiscais do seu partido.
Para o governo angolano o processo de registo eleitoral está a decorrer sem
qualquer constrangimento e sublinham a resposta positiva das populações quanto
ao seu dever cívico, conforme fez notar o secretário do estado para os assuntos
eleitorais, Adão de Almeida
Apesar das insuficiencis notadas pela oposição o líder da UNITA, o maior
partido da oposição renovou o apelo para os angolanos afluírem aos postos
de registo e confirmarem sua actualização.
O processo de actualização do registo eleitoral vai observar duas fases,
sendo que as autoridades angolanas estabeleceram o mês de Dezembro do corrente
ano como tempo limite da primeira fase e a segunda termina em Março do próximo
ano.
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