Luanda - Os caminhos que
levam a liberdade tendem em ser intransigentes, e sinuosamente obscuros. Angola
parece um barco inavegável, que segue desorientado por águas turvas, inseguro,
e sem comando inteligentemente hábil para leve-lo a bom porto.
Fonte: Club-k.net
A CASA-CE de Abel
Chivukuvuku realiza o seu congresso com objetivo singular de componentizar a
base de sustentação politica da sua coligação com a simples finalidade de
transforma-la em partido politico.
Como diz o ditado, não se comem horticultas quando não as cultivamos. Porém, a
criação de um partido politico não se conforma apenas com pormenores lúdicos
indecifráveis a olho nu. Não se constituem nos tempos de hoje, partidos com
sinais politicamente inidentificáveis, como também não se faz omeletes sem
ovos.
Não é conveniente construir um partido fundamentando-se em variedades de
condicionalismos de correntes politico-ideológicos.
Por outro lado, também não se pode continuar a proliferar o país com o
surgimento de partidos políticos com aparências presunçosos na sua orientação
ideológica, sobretudo quando neles se encontram sinais de domesticidade
politica preponderante na sua base de criação.
Até o momento em que findou o congresso não foram conhecidas nem esclarecidas,
e/ou foi mencionado publicamente qual será o segmento de linhagem politica a
seguir por esse novo partido. O novo partido será de esquerda, de direita ou do
centro?
A situação política em Angola esta demasiada inflacionada com as assimetrias
politicas para comportar mais um partido aventureiro qualquer, aliás, espera-se
que esse partido venha a somar para uma incrementável democracia viável como os
angolanos esperam.
A nova CASA-CE de Chivuku, Miau e Tonet terão de demarcar-se do modo
envelhecido de fazer politica de patrulhamento controlado antipopular.
Espera-se que a vontade de defender o povo contras as atrocidades infligidas
pelo MPLA prevaleça no interior da nova CASA-CE, e acima de tudo proceda de
maneira diferente a do MPLA partido antipopular.
O Presidente do MPLA e da republica é de facto velho e enferrujado, faz-se
necessário joga-lo urgentemente para o ferro velho.
Além disso, o partido MPLA possui um discurso apesar de violento não passa de
um discurso desgastado, descabido, cujas bases não se identificam neles, pois
essa ação discursiva a muito ecoa vazia por o mesmo ser de difícil decifração.
Em suma, o atual MPLA é um partido totalitarista, e funciona como macaco manco
desavergonhado.
Aguarda-se do novo partido, um novo tempo, de um novo momento que permita
trazer novos proventos menos promiscui para impulsionar o surgimento de
estágios de alta politica em Angola.
Espera-se igualmente que a nova casa não se mantenha de cócoras nem em incomoda
dependência permanente da vontade explicita do ditador. Acredita-se no
empenho da direção da nova CASA-CE para distanciar-se da face inebriante da
antiga CASA-CE, e não limite o seu espaço politico passeando-se garbosamente
pelos corredores da casa da opressão (leia-se assembleia nacional).
Esperamos todos angolanos de bem, que o novo partido nascido do congresso da
CASA-CE não comporte negativamente, como se fosse um simples affaire politico
entre o MPLA e a casa novinha em folha.
Por outro lado, aguarda-se que a CASA-CE enquanto partido não caminha atrelada
as jogadas dúbias do partido da situação, nem ceda espaço ao medo de erigir
argumentos em defesa do povo participando ativamente em manifestações de rua
apertados ao coração sofrido do povo.
A mediocridade governativa é clara, e está explicitamente comprometido
com o redundante pensamento estridente de José Eduardo dos Santos, o mentor da
condicionante concupiscência compulsiva nepotista insustentável, e da corrupção
institucionalizada.
A casa enquanto partido politico, terá que romper frontalmente com o atual
sistema político iníquo, e não deixar confundir a sua mensagem com a do partido
no poder, mas principalmente para não fazer e trazer mais do mesmo para o
xadrez politico nacional.
A CASA-CE no meu entender precisa de perceber a urgente liceidade
pretendida da elevação do discurso político-partidário, só assim se
compreenderá a sua transformação em partido politico. Visto de outro prisma, a
CASA-CE como partido terá que possuir um excelente jogo de cintura, que lhe
permita trazer uma florescente mensagem inovadora de combate politico frontal
contra as forças retrogradas que defendem o nepotismo, corrupção, roubo, fome,
e miséria.
Sobretudo terá de impor-se contra tudo e todos, que de uma maneira ou de
outra tentam a todo custo inviabilizar o direito do povo de exercitar a sua
cidadania, e reivindicar o direito das liberdades constitucionalmente
defendidas.
O partido CASA-CE terá que trazer uma mensagem diferenciada, sem ruídos
disformes.
Não existirá uma CASA-CE forte como partido politico caso não rompa
frontalmente com o sistema político-social iníquo, que prevalece em Angola.
Também terá que se modernizar para libertar-se do ostracismo em que se remeterá
no passado recente.
Caso o partido novo de Chivukuvuku não se demarque rapidamente do
aparelhado sistema governativo atual, o contencioso que tem com a sociedade irá
envenenar grandemente as eventuais possíveis relações entre esse partido e a
sociedade civil inteligente, e sem dúvidas acarretará grande transtornos ao
novo partido.
EM POLITICA AS COISAS NÃO DEVEM APENAS SER ELAS TERÃO IGUALMENTE QUE PARECER.
SOMENTE DESSE MODO AJUDARIA A DESANUVIAR A PENDENCIA JUSTIFICÁVEL OU NÃO DE UMA
EVENTUAL, REAL E/OU VERDADEIRA DEPENDÊNCIA DE CHIVUKUVUKU EM RELAÇÃO AO
PRESIDENTE DO MPLA JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. ESSA QUESTÃO TEM SIDO COLOCADA E
PÕE EM CAUSA A IDONEIDADE POLÍTICA CREDÍVEL DO NOVO PRESIDENTE DA NOVA CASA-CE.
Repito, em politica as coisas não podem apenas ser elas têm que parecer também
o que realmente são. O aparecimento da CASA-CE como partido não pode parecer-se
como uma iminente peça de ilusão a lá David Copperfield. Abel Chivukuvuku não
pode aparecer no teatro das operações politicas como um insipiente fazedor de
magicas de realização politica conjugação medieval.
A CASA-CE para ser levada a sério terá que em primeiro lugar romper
abruptamente com o seu insólito passado de paralisia e dar fim ao período do
fragmentado estado de inercia politica abjugativa.
É licito receber de braços semiabertos o novo partido e também agraciar a nova
CASA-CE com o beneficio da dúvida. O cidadão deve sim dar as boas vindas ao
mais recente agremiação politica, mesmo que por enquanto seja um partido
decidido politicamente em congresso.
Apesar de até o momento não se saber qual será a base e orientação
politico-ideológico e/ou também qual será a sua exponente mensagem, ainda
assim, espera-se que o surgimento da CASA nova, não seja tão envelhecido quanto
é ou foi à antiga CASA-CE.
ESPERA-SE QUE A NOVA CASA DE CHIVUKUVUKU, TONET E MIAU NÃO SEJA MAIS UM PARTIDO
APENAS. MAS SEJA UM PARTIDO QUE CHEGOU PARA MARCAR A DIFERENÇA, NÃO SE ESPERA
QUE VENHA DE SOMENTE PARA ENGROSSAR O ARCO DA GOVERNAÇÃO ANTIPOPULAR DE JES. NEM
SEJA APENAS PARA REFORÇO DA ALIANÇA CORPORATIVA GERENCIADA PELO INCONSEQUENTE
LÍDER DO MPLA.